Curtindo a Vida Adoidado (1986) é o ápice dos filmes dos anos 80. Um roteiro inteligente assim como momentos eternizados por Ferris Bueller.
Ferris Bueller é o filosofo da cultura pop, de tal forma que mostrou todo uma geração como viver e não perder tempo com um rotina sem sentido. Continua sendo o papel de destaque na carreira de Matthew Broderick que rendeu uma indicação ao Globo de Ouro.
Curtindo a Vida Adoidado (1986) sem dúvida é um dos filmes clássicos dos anos 80 e exibido incansavelmente na Sessão da Tarde. São cenas divertidas criadas por John Hughes, talvez provavelmente um das mentes mais criativas dos anos 80, uma vez que eternizou personagens. Além de Ferris, não tem como esquecer o restante do elenco como Sloene (Mia Sara), Cameron (Alan Ruck) e Jennifer Grey antes do sucesso Dirty Dancing: Ritmo Quente (1987).
“A vida acontece bem depressa. Se, de vez em quando, não parar para aproveitar, vai acabar não vivendo.” (Ferris Bueller)
Como escolher entre a cena da Ferrari, a extravagância da música Twist &Shout e uma introdução questionadora? De fato que cada frase de Curtindo a Vida Adoidado significa alguma coisa, mas essa introdução mostra a complexidade e o planejamento para um dia perfeito.
Ferris Bueller: Como é que esperam que eu vá para a escola num dia como este?
Este é o meu nono dia doente no semestre. Está ficando bem difícil inventar novas doenças. Se for tentar uma décima, vou ter de vomitar um pulmão. Então, tenho de fazer este dia valer.
Suor frio nas mãos é o segredo para enganar seus pais. É um bom sintoma não-específico. Tenho muita fé nele. Muita gente vai dizer que uma febre falsa não tem igual. Mas quem tem uma mãe nervosa, pode acabar no consultório médico. Isso é pior que a escola.
Você simula espasmos estomacais, e enquanto fica se contorcendo, gemendo e chorando, você lambe as palmas. É meio infantil e estúpido, mas a escola também é.
Dica de post: Os personagens mais famosos dos anos 80
A vida acontece bem depressa. Se, de vez em quando, não parar para aproveitar, vai acabar não vivendo.
Tenho mesmo uma prova hoje. Isso não era mentira. É sobre o socialismo europeu. Na verdade, e daí? Não sou europeu. Não penso em virar europeu. Assim, quem se importa se eles são socialistas? Podiam ser anarquistas fascistas. Isso ainda não mudaria o fato de que não tenho carro.
Não que eu tolere o fascismo, ou qualquer “ismo”, por falar nisso. Para mim, os “ismos” não são bons. A pessoa não deve acreditar em “ismo”, mas em si mesma. Como disse o John Lennon: “Não acredito nos Beatles, só em mim.” Uma boa colocação. Afinal, ele era “a morsa”. Eu podia ser “a morsa”. Ainda assim tenho de pegar carona.
Fonte: Blu-ray Curtindo a Vida Adoidado, IMDB